Páginas

domingo, 22 de setembro de 2013

Pesquisadores descobrem método de levar vírus HIV à autodestruição

Por Redação Olhar Digital - em 19/09/2013 às 19h20



A medicina já conquistou avanços importantes no combate à Aids, mas ainda há muito o que caminhar. Um novo passo importante foi dado por pesquisadores da Universidade de Drexel, nos EUA, que descobriram uma molécula que engana o vírus e faz ele se autodestruir. 
A novidade, chamada de Ação Dupla de Inibição Virolítica (DAVEI, na sigla em inglês), combina componentes modificados da imunidade do HIV com uma proteína que faz o vírus abrir mão de sua proteção. Assim, o DAVEI faz com que o HIV disperse seus componentes, como se ele estivesse acoplado a uma célula. O resultado é a destruição do vírus.

Um dos maiores obstáculos das buscas da cura da Aids é o fato do vírus HIV desenvolver rapidamente imunidade em relação aos remédios. A pesquisa pode ser uma das alternativas a quebrar este problema. 
Ainda há muita pesquisa para ser desenvolvida em relação a tal descoberta, mas ela é um avanço importante. A descoberta é um método mecânico de desativar o vírus HIV –o que, teoricamente, tem potencial maior do que os remédios.

Voo das abelhas inspira projeto de microaviões


Em Londres  19/09/2013


Anders Wiklund/Scanpix Sweden/AFP

Cientistas da universidade de Harvard, nos Estados Unidos, tentam descobrir como as abelhas conseguem se manter no ar com condições meteorológicas adversas para aplicar seus resultados no projeto de "microaviões", informou nesta quinta-feira (19) uma revista britânica.
A pesquisa, divulgada no Journal of Experimental Biology, analisa o voo de certas abelhas e besouros para descobrir como conseguem se manter suspensas no ar enquanto colhem o pólen, inclusive com fortes ventos.
Segundo os cientistas, os resultados de sua pesquisa poderão ser aplicados posteriormente no setor da aerodinâmica, uma vez que aviões de microdimensões podem imitar a técnica destes insetos para também se manterem estáveis em condições adversas.
A equipe, liderada por Sridhan Ravi, gravou o voo das abelhas enquanto entravam em um túnel de vento, cuja intensidade e velocidade podiam ser controlada pelos cientistas.
"Como todos já comprovamos, tanto a velocidade como a direção do vento são muito variáveis, por isso se manter estável no ar pode ser um desafio", disse o chefe do projeto em entrevista à rede britânica BBC.
"Os melhores 'microaviões' disponíveis atualmente, de menos de 25 centímetros, lutam para se manter no ar inclusive quando só existe uma leve brisa. No entanto, estes insetos parecem ser capazes de voar inclusive em condições extremas", acrescentou.
Após filmar as abelhas com câmaras de alta tecnologia, os cientistas reproduziram seu voo em velocidade lenta e descobriram como sua energia e seus movimentos se ajustavam segundo o fluxo de ar ao qual enfrentavam.
Estas gravações revelaram que as abelhas reduziam sua velocidade quanto mais instável era o vento, o que lhes permitia dedicar a energia à correção da direção de seu voo.
"As abelhas se movimentavam bastante para os lados antes de mudar de rumo e poder corrigir as turbulências do vento", explicou Sridhan Ravi.
Os cientistas concluíram que uma melhor compreensão de como os insetos enfrentam estas turbulências ajudaria bastante a melhorar a estabilidade dos pequenos aviões.
Além disso, a equipe de Harvard planeja realizar mais pesquisas com diferentes insetos para identificar como a carga de pólen ou de mel influi sobre a estabilidade do voo das abelhas.

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Estudo do MIT encontra gene ligado à 'extinção de memórias'

Do UOL, em São Paulo  20/09/2013  06h00


Imagens do mês (setembro/2013)53 fotos

53 / 53
Cientistas do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT, na sigla em inglês), nos Estados Unidos, conseguiram identificar um gene que tem papel crucial na extinção de memórias. Este processo é natural e permite que memórias antigas que não são mais usadas deem lugar a novas. Agora, os pesquisadores estudam se seria possível usar este gene para superar um trauma, por exemplo, ajudando um indivíduo a esquecer más experiências passadas Christine Daniloff/MIT
Cientistas do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT, na sigla em inglês), nos Estados Unidos, conseguiram identificar um gene que tem papel crucial no processo de extinção de memórias. Ele é natural e permite que memórias antigas deem lugar a novas sobre o mesmo fato, o que seria um processo de reaprendizagem.
Agora, os pesquisadores estudam se seria possível usar este gene para superar um trauma, por exemplo, ajudando um indivíduo a reaprender, com experiências novas, algo que foi ruim no passado. 
O gene identificado pelo grupo do MIT, chamado de Tet1, controla outros genes necessários para que uma memória seja extinta.
Cientistas já desconfiavam que esse gene pudesse estar ligado à extinção de memórias devido a sua abundância no cérebro e ao seu envolvimento em processos de aprendizado e memorização.

Gaiola e choque

Para entender como o Tet1 age, os pesquisadores estudaram o comportamento de dois grupos de camundongos: os que tiveram seu organismo privado do gene e os que tiveram o Tet1 intacto. Ambos eram capazes de formar novas memórias.
Os dois grupos de cobaias passaram, então, pelo seguinte experimento: entrar em uma gaiola e receber um leve choque. Na sequência, as cobaias voltavam a essa gaiola, mas sem receber mais o temido efeito.
As cobaias do grupo com o cérebro privado do Tet1 continuavam a temer um novo choque, mostrando que a falta do gene impediu o cérebro de reaprender algo sobre uma experiência já vivida. Já os camundongos com Tet1 funcionando normalmente deixavam de relacionar a gaiola à dor.
Isto não significa que a memória foi apagada, mas há uma "disputa" entre a memória antiga (choque) e a atual (não choque) - e a atual geralmente vence, permitindo que o rato supere uma memória ruim do passado.
Agora, os pesquisadores buscam uma forma de conseguir aumentar artificialmente a presença de Tet1 no cérebro para saber se isso melhoraria o processo de substituição de memórias. Aplicada a humanos, a técnica poderia por fim a complicações geradas pelo estresse pós-traumático.