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domingo, 29 de janeiro de 2012

Caçadores da partícula de Deus



Cientistas estão mais perto de provar existência do Bóson de Higgs, que ajudaria a explicar o Big Bang
Science Photo Library
Partícula foi proposta em 1964, mas sua existência não foi comprovada até hoje 

Nunca se esteve tão perto de se localizar o Bóson de Higgs, conhecido como Partícula de Deus. É o que preveem os cientistas do Centro Europeu de Pesquisa Nuclear (Cern). O LHC, o gigantesco colisor de partículas do Cern, permitiu que se avançasse nos últimos meses mais do que em qualquer momento antes, porque identificou a região de massa onde o Bóson de Higgs, proposto em 1964 pelo físico britânico Peter Higgs, mas nunca comprovado, pode ser achado.

Porém, ele se desintegra rápido demais, em meio a uma infinidade de processos ocorrendo ao mesmo tempo. Se o Bóson previsto pelo modelo padrão usado pelos físicos realmente tiver sua existência comprovada, possuirá uma massa restrita às regiões em torno de 124 bilhões de elétrons volts. Esse foi o grande avanço do Cern em um ano de experimentos com o colisor que demandou 20 anos de construção. O fato de terem encontrado atividade nessa região é o que leva os cientistas a acreditarem que, ainda este ano, a existência do Bóson de Higgs possa ser comprovada.

A teoria que engloba o Bóson de Higgs defende que, após a explosão que deu origem ao Universo, as partículas não possuíam massa. À medida que o universo foi esfriando, um campo de força invisível se formou com partículas subatômicas (os bósons). Quando as outras partículas interagem com esses bósons, ganham uma massa. Ou seja, as 12 partículas de matéria e as quatro de energia só ganham materialidade com o concurso da “Partícula de Deus”. Na teoria, tudo se encaixa, mas ninguém nunca conseguiu identificar os Bósons de Higgs para confirmar a validade do modelo.

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